terça-feira

Takeda Shinguen - Kagemusha, a Sombra do Samurai Akira Kurasawa

Toshio Takeda, meu avo, mais tarde Grao Mestre do Cha Sonan Takeda, descendia do Takeda Shinguen, aquele do filme Kagemusha - a Sombra do Samurai, de Akira Kurosawa.

Takeda Shingen (武田信玄?) (1 de dezembro de 152113 de maio de 1573) nasceu em Shinano, na província de Kai. Foi um proeminente daimyo, ou senhor feudal com prestígio militar, que procurou o controle do Japão, na fase tardia do Sengoku.

Nome
De nome Takeda Katsuchiyo, teve seu nome trocado para Takeda Harunobu com autorização do xogun Ashikaga Yoshiharu. Em 1559, mudou novamente o nome, desta vez para Takeda Shingen. Shin significa acreditar/crer e Gen significa preto (ambos em chinês). Preto é a cor da verdade e da inteligência no budismo. Ele também é conhecido como Tigre de Kai.
Shingen era conhecido por sua forte preocupação com seu exército e sua senso de justiça, era impiedoso com criminosos e não admitia atos desleais. Nunca construiu nenhum castelo ou cidade para estabelecer a ele e seu exército, houve um período em que ele viveu em uma mansão em Kofu, dispensando um castelo, que seria muito mais seguro, pois dizia ter mais fé na lealdade de seu povo que nas paredes de uma fortificação. Ele acreditava que a vida fácil e afortunada poderia arruinar a lealdade de seus guerreiros para com ele, pois acreditava que, se os seus bushi vissem na sua fortaleza, poderiam ser mais invencíveis que quaisquer outros.

Biografia
Shingen foi o primeiro filho de Takeda Nobutora, líder do clã Takeda e daimyo de Kai. Auxiliou o pai na administração da província e no relacionamento dentro e fora do clã, tornando-se desde jovem influente reconhecido em seu clã. Em algum momento rebelou-se contra o pai. Nobutora então escolheu como sucessor, seu outro filho Takeda Nobushige. Shingen então tomou o poder, enviando seu pai para a província de Suruga, onde ele ficou sobre custódia do clã Imagawa, formando uma aliança entre os dois clãs. Sucedeu seu pai no comando do clã aos 21 anos.

Primeiro comando no Poder
Seu primeiro ato após obter total controle do clã, foi conquistar os arredores de Kai, começando por toda Shinano. Os maiores daimyos de Shinano marcharam juntos na esperança de neutralizar o clã Takeda antes que ele tivesse chance de expandir seus domínios. Esperando derrotá-lo em Fuchu onde Shingen reuniria tropas, foram surpreendidos pelo repentino ataque das forças Takeda quando ainda estavam em Sezawa. Aproveitando-se da confusão Takeda Shingen venceu a batalha rapidamente, partindo imediatamente para a conquista de Suwa, no cerco de Kuwabara, antes de mover-se para a central de Shinano e derrotar Tozawa Yorichika e Takato Yoritsugu. Em Uehara, Murakami Yoshikyo derrotou dois generais de Takeda vencendo a batalha, para logo após ser derrotado pelo Tigre de Kai. Murakami abandonou a região e refugiou-se sobre a proteção do clã Uesugi. Após a conquista de Shinano, Takeda Shingen enfrentou Uesugi Kenshin, o Dragão de Echigo, que se tornou se maior rival. A rivalidade dos dois se tornou lendária e eles se enfretaram cinco vezes na batalha de Kawanakajima. Essas batalhas eram em geral compostas de pequenas escaramuças. O único grande conflito foi na 4ª batalha de Kawanakajima onde as forças de Uesugi conseguiram abrir uma trilha através das forças de Takeda, permitindo que o Tigre de Kai e o Dragão de Echigo se confrontassem num combate homem a homem. Uesugi Kenshin partiu sobre seu cavalo atacando com sua espada mas Takeda Shingen conseguiu se defender, com seu gunpai, do que seria o golpe fatal. Não se pôde determinar quem venceu esse combate particular e nem a batalha, já que ambos perderam muitos soldados, porém Takeda Shingen perdeu um importante general, Yamamoto Kansuke, além de seu irmão, Takeda Nobushige.

Pausa de conquista
Depois disso, o clã Takeda sofreu com duas perdas. Takeda Shingen descobriu dois planos para acabar com ele. Um foi de seu primo, Katanuma Nobumoto, que foi ordenado a cometer seppuku. E o outro, poucos anos depois, de seu próprio filho, Takeda Yoshinobu. Seu filho foi confinado em Tokoji, onde morreu dois anos depois. Não está certo se essa morte foi natural ou ordenada por Shigen. Isto deixou Shingen sem herdeiro, por um tempo, entretanto ele teve mais filhos, sendo sucedido por seu 4º filho, Takeda Nobumori.
Em 1564, depois de ter derrotado completamente Shinano e ter conquistado alguns castelos dos Uesugi, Shingen manteve seu reino razoavelmente controlado, tendo como incidentes apenas casuais invasões e problemas internos. Durante este período, ele ordenou a construção da ponte Fuji que foi a maior atividade de seu tempo.

Nova expansao
Depois que Imagawa Yoshimoto (uma aliado de Takeda Shingen) foi morto por Oda Nobunaga, Shingen atacou Imagawa, agora sobre a liderança do incompetente Imagawa Ujizame, filho de Yoshimoto. Uma aliança foi formada entre o clã Takeda e o clã Tokugawa para a tomada das terras de Imagawa.
Em 1570, as tropas de Ieyasu capturaram a Província de Totomi, enquanto as tropas de Shingen capturavam a Província de Suruga (incluindo a capital dos Imagawa).

A familia Takeda no Brasil

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2008/01/363399-cerimonia-do-cha-japonesa-mistura-arte-e-filosofia.shtml

O chado, como é chamada a cerimônia do chá japonesa, teve início no século 15. Trata-se de um ritual para servir chá verde a convidados que dura aproximadamente quatro horas e é tão minucioso que é considerado uma representação artística e filosófica da cultura japonesa. O ritual foi trazido ao Brasil em 1954 pela família Takeda que, atualmente, mantém o centro Chado Urasenke de difusão da tradição.
O rito tem início em uma sala de espera, onde os convidados devem se desligar dos problemas cotidianos enquanto aguardam o anfitrião.
Entre a sala de espera e o local onde será servido o chá existe uma trilha de plantas, pedras e água corrente. Iuzo Takeda, da terceira geração da família Takeda, explica que este trajeto é o início da "passagem do mundo material ao espiritual". Na sala, os convidados lavam mãos e boca em água corrente, para a purificar o corpo.
No tatame, os convidados recebem uma tigela de chá forte que deve ser compartilhada por todos os presentes. Nesta cerimônia integrada à filosofia budista, a passagem da tigela de mão em mão simboliza a igualdade entre os homens e o respeito mútuo. Em seguida, um segundo tipo de chá é servido.
Para Takeda, o chado é um ato de servidão. "O anfitrião nunca bebe o chá."
Aos interessados em se aprofundar nos simbolismos da cerimônia, há cursos disponíveis na Casa de Cultura Japonesa, na Cidade Universitária da USP (zona oeste de São Paulo), e no Centro Chado Urasenke, na rua São Joaquim (centro de São Paulo).

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