O Pavilhao Japones foi construido por meu avô, Toshio Takeda, mais tarde Grao Mestre da Cerimonia do Cha Sonan Takeda.
Assista uma Cerimonia do Cha no SP TV no Pavilhao Japones - copie o link abaixo
http://globotv.globo.com/rede-globo/sptv-1a-edicao/v/pavilhao-japones-comemora-60-anos/3595309/
Pavilhão Japonês, símbolo da amizade entre dois países
- "Na plácida, imensa planura do Parque Ibirapuera, entre paredões de eucaliptos galgos e varas altas que fisgaram as carpas de papel de seda colorido e bojudas de ar, o delicado Katsura marcará a multissecular presença do Japão nas festas dos quatro séculos de São Paulo, com todo aquele conteúdo poético que se concentra na grandiosa miniatura de um Haikai".
- Guilherme de Almeida, poeta e presidente da Comissão Organizadora das Comemorações do IV Centenário da Cidade de São Paulo
Localizado no Parque do Ibirapuera, o Pavilhão Japonês ocupa uma área de 7.500 m2 às margens do lago do parque, e é composto de um edifício principal suspenso, que se articula em um salão nobre e diversas salas anexas, salão de exposição, além de um belíssimo lago de carpas.
O Pavilhão Japonês foi construído conjuntamente pelo governo japonês e pela comunidade nipo-brasileira e doado à cidade de São Paulo, em 1954, na comemoração do IV Centenário de sua fundação.
O projeto, executado pelo professor Sutemi Horiguchi (da Universidade de Tokyo), tem como principal característica o emprego dos materiais e técnicas tradicionais japonesas. E, teve como referência o Palácio Katsura, antiga residência de verão do Imperador, em Kyoto, construído entre 1620 e 1624, na era Edo que foi marcada pelo domínio do clã Tokugawa.
Sua estrutura baseia-se na tradicional arquitetura japonesa no estilo Shoin, adotado nas residências das casas dos samurais e da aristocracia - mais tarde adotado por outras classes. Ela baseia-se ainda em composições modulares de madeira (com divisórias deslizantes, externas e internas), organicamente articuladas, e marcadas pela presença do tokonoma (área destinada à exposição de pinturas, arranjos florais, cerâmica, etc), bem como de outros nichos embutidos, com prateleiras e pequenos gabinetes, decorativamente dispostos.
O estilo Shoin atende aos anseios de contemplação estética (dos próprios ambientes, de objetos, peças de arte e da paisagem), por introspecção e pela criação de um microcosmo apartado dos trâmites mundanos. Portanto, para este tipo de arquitetura, a relação entre a paisagem e o interior dos ambientes é de vital importância. A visita das áreas externas e o paisagismo lírico dos jardins tornam-se prolongamento dos ambientes interiores.
Projetado como um monumento símbolo de amizade entre japoneses e brasileiros, o Pavilhão reúne materiais trazidos especialmente do Japão, tais como as madeiras, pedras vulcânicas do jardim, lama de Kyoto que dá textura às paredes, entre outros.
A construção do Pavilhão Japonês no Parque do Ibirapuera, em 1954, que foi transportado desmontado, em navio, contou com numerosos imigrantes japoneses que atuaram como voluntários para auxiliar o corpo técnico vindo do Japão. Essas atividades foram coordenadas pela Comissão Colaboradora da Colônia Japonesa Pró-IV Centenário de São Paulo.
O Pavilhão Japonês foi doado para a Prefeitura Municipal de São Paulo. Desde 1955, a Sociedade Paulista de Cultura Japonesa (atual Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social), foi, graças ao convênio estabelecido com a Prefeitura da cidade de São Paulo, a entidade tem sido responsável pela administração, manutenção e promoção de eventos nesse local.
O Jardim do Pavilhão Japonês
O jardim que envolve o Pavilhão Japonês foi inspirado nos tradicionais conceitos japoneses, e reúne variadas plantas e flores típicas. Nele foram instalados vários marcos relacionados à amizade e intercâmbio entre o Brasil e o Japão.
Um deles, por exemplo, é o pinheiro japonês, plantado em 1967 pelo atual Imperador e Imperatriz do Japão. Outro é uma escultura em pedra, com a inscrição de um poema haiku, de autoria de Nempuku Sato, que imigrou ao Brasil em 1927 e, desde então, dedicou-se ao ensino e à divulgação dessa poesia.
O Lago das Carpas
O lago foi construído na mesma época em que o Pavilhão e recebeu as primeiras carpas coloridas no início da década de 70, graças à iniciativa da Associação Brasileira de Nishikigoi e ao intercâmbio com criadores de várias províncias japonesas.
Com capacidade para cerca de 100 mil litros de água, o lago abriga cerca de 320 carpas.
A Sala de Chá
O Chashitsu, local para a prática da cerimônia do chá, está localizado no edifício central, com sua atmosfera wabi sabi, isto é, de austero refinamento envolto por quietude e pura simplicidade.
A inauguração da sala da cerimônia de chá foi realizada em 1954, com a presença do Grão-Mestre Herdeiro Sen Soko (posteriormente, XV Grão-Mestre do Urasenke) e seu irmão mais novo, o mestre Naya Yoshiharu.
O Salão de Exposição
O Salão de Exposição, ligado ao Pavilhão por uma passagem com vista ao jardim zen, apresenta o acervo permanente de arte japonesa constituído de peças doadas e consignadas pelo governo do Japão, entidades, empresas e personalidades diversas. É composto de peças originais e de réplicas perfeitas de "tesouros nacionais" japoneses.
Periodicamente, o local recebe exposições especiais, sempre com temas relacionados à arte e cultura japonesa.
*Texto baseado no guia bilíngue (japonês/português) - "Pavilhão Japonês - Tradição e Modernidade", publicado pela Comissão de Administração do Pavilhão Japonês.
Eventos no Pavilhão Japonês
A Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, o Bunkyo, responsável pela administração e preservação do local, promove diversas atividades ao longo do ano, tais como: Festival Hina Matsuri (Dia das Meninas) e Kodomo no Hi (Dia dos Meninos), apresentações de dança e música tradicional japonesa e exposições culturais. Atualmente, o Pavilhão conta com uma nova equipe de educadores e também promove visitas monitoradas em português e japonês.
Os espaços do Pavilhão Japonês podem ser locados para realização de eventos, exposições e apresentações culturais.
Pavilhão JaponêsLocal: Parque do Ibirapuera - portão 10
(próximo ao Planetário e ao Museu Afro Brasil - mapa no final desta página)
Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - São Paulo - SP
(a cerca de 5 quilômetros do Metrô Santa Cruz)
Funcionamento: quarta-feira, sábado, domingo e feriados
Horário: das 10h às 12h e das 13h às 17h
Informações:
(11) 5081-7296 ou pavilhao@bunkyo.org.br
(11) 3208-1755 ou pavilhao2@bunkyo.org.br
Menores de 5 anos e idosos acima de 65 anos: entrada gratuita
Agendamento de visitas monitoradas(para grupos de até 50 pessoas, período de 50 minutos - somente às quartas-feiras)
(11) 5081-7296 ou pavilhao@bunkyo.org.br
(11) 3208-1755
Clique nas imagens para ampliar os mapas
Mapa do Parque | Mapa dos Arredores |
Fonte http://www.bunkyo.org.br/pt-BR/pavilhao-japones
#Cerimoniadocha #Chado #carpas #Caminhodocha #Sonantakeda
Um comentário:
Eu adoro esse lugar.
Minha noiva me levou lá na primeira vez em que fui a São Paulo.
Postar um comentário